Gazeta do Povo
Cobra Coral previu acidente em Araucária
Entidade foi chamada para reduzir chuvas na região
A Fundação Cacique Cobra Coral, entidade espiritualista, especializada em alterações climáticas, diz ter alertado a Petrobrás, logo após a tragédia na Baía de Guanabara, em janeiro, sobre a possibilidade de um novo acidente ambiental. Teria pedido mapas das principais refinarias para determinar o local exato do desastre que estava por vir, mas não teve resposta. Logo após a tragédia do dia 16 de julho na refinaria de Araucária, segundo informações da fundação, quem acabou solicitando a interferência da entidade foi o próprio Ministério das Minas e da Energia, para impedir que chuvas continuassem dificultando a contenção da mancha de óleo vazada.
A “Operação Araucária” foi realizada a partir de um trabalho da médium paranaense Adelaide Scritori, presidente da Fundação Cobra Coral, tendo os mapas da região onde fica a refinaria, nos dias 23 e 24 de julho. A entidade já teria mantido convênio também sem custo nas gestões do governador José Richa e de Álvaro Dias. Em ambas oportunidades, para intervir nas condições climáticas e evitar prejuízos à agricultura.
A ação espiritualista da Cobra Coral, há vários anos, tem repercussão sobre os mais importantes acontecimentos do país. Cerca de duas semanas antes de morrer, num trágico acidente aéreo, Ulysses Guimarães teria sido avisado por Cobra Coral dos riscos de viajar numa aeronave pequena. Não levou o recado a sério e, em 12 de outubro o helicóptero do deputado deixou Angra dos Reis (RJ) para cair no mar.
O presidente José Sarney foi mais precavido. A Fundação Cobra Coral teria previsto um acidente com o boeing presidencial que o levaria a Tóquio, em dezembro de 1987. A segurança do presidente ordenou rigorosa inspeção no avião e descobriu que uma das turbinas apresentava defeito.