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Super Interessante

26 de julho de 2021
Black hole. Computer artwork representing a black hole against a starfield. A black hole is a super- dense object, thought to form from the collapse of a huge star. Due to their incredible mass, the gravitational field around them is so strong that not even light may escape from their 'surface'. The point at which light can no longer escape from the object is called the event horizon. Although there is no definite proof of the existence of black holes, several strong candidates have been found in the form of large stars with small, dense companions which emit X-rays. It is thought that matter from the star falls towards the black hole, emitting X-rays before being pulled in.

Tentar escrever sobre todos os trabalhos de Thaisa Storchi-Bergmann é tão impossível quanto ver a singularidade no centro de um buraco negro. Thaisa Storchi-Bergmann é reconhecida dentro e fora do país por suas pesquisas sobre esses objetos cósmicos, mas por pouco seu talento não foi parar na… construção civil.

 

Thaisa se matriculou em arquitetura e chegou a fazer alguns meses do curso na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), mas sua disciplina favorita da graduação, para a surpresa dos colegas, era “física para arquitetos”, ministrada no Instituto de Física.

 

Não demorou para ela pedir transferência e se formar no curso de Física. A pesquisadora partiu para o Rio de Janeiro para fazer o mestrado, mas logo depois foi convidada a voltar para seu estado natal e dar aula no recém-fundado Depto. de Astronomia da UFRGS.

Thaisa também acompanhou a fundação do Laboratório Nacional de Astrofísica, em Itajubá, Minas Gerais, no ano de 1985. Ela e sua orientadora de Doutorado, Miriani Pastoriza, foram as primeiras pessoas a observar galáxias usando o equipamento do local. Depois, fez vários estágios de pós-doutorado nos Estados Unidos, incluindo o Instituto do Telescópio Espacial e Harvard.

 

Na época, seu foco era observar núcleos galácticos ativos: galáxias cujo centro emite uma grande quantidade de radiação eletromagnética por causa da presença de um buraco negro. Hoje, sabe-se que a maioria das galáxias têm buracos negros em seu centro – o da Via Láctea, por exemplo, tem quatro milhões de vezes a massa do Sol –, mas que nem todos eles são ativos.

Isso não era consenso até pouco tempo atrás. Os trabalhos de pós-doutorado de Thaisa contribuíram para essa mudança radical nas nossas concepções sobre esses objetos cósmicos.

Falamos no início do texto que não dá para ver a singularidade no centro de um buraco negro. Uma singularidade é um ponto do espaço-tempo que, de acordo com as equações, possui densidade infinita. Por causa disso, ela gera uma força gravitacional extremamente forte, da qual nem a luz consegue escapar.

Você só consegue ver uma coisa porque a luz que reflete ou emite alcança seus olhos. Como qualquer luz que incide no buraco negro é engolida em vez de refletida, a singularidade lá no meio se torna inacessível para nossos olhos (e para qualquer método de sondagem).

Leia mais em: https://super.abril.com.br/blog/mulher_cientista/thaisa-storchi-bergmann-investiga-buracos-negros-no-centro-das-galaxias/

 

 

 

 

 

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